Capacitar para crescer


O Instituto Social Sotreq (ISSO) expandirá seus investimentos em qualificação profissional.

Estudos e pesquisas na Região Norte apontam duas necessidades que caminham juntas: qualificação e trabalho. A demanda por programas de capacitação vem fazendo com que o Instituto Social Sotreq (ISSO) amplie ainda mais suas atividades e intensifique sua presença com projetos na região. “Com base em várias informações, o instituto buscou parceiros idôneos na região”, explica Rosa Cristina Pinto, analista em responsabilidade social da entidade.

Em parceria com a prefeitura de Benevides e por meio da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtas), o ISSO lançou, em outubro, o projeto Qualificar para Emancipar, com a principal finalidade de combater o desemprego e elevar a qualidade de vida das famílias da região. “Benevides é uma cidade da área metropolitana de Belém com sérios desafios para atender às exigências do mercado local, como o baixo grau de escolaridade e a pouca qualificação profissional”, acrescenta Rosa.

O instituto também está investindo em projetos de capacitação no segmento de petróleo e marítimo, como o de formação de mecânicos de motores onshore e offshore, em Macaé, no Estado do Rio de Janeiro. Segundo Sybelle Ban, diretora executiva, membro do Conselho do Grupo Sotreq e vice-presidente do ISSO, muitos clientes da Sotreq têm procurado a entidade apresentando uma demanda crítica nesse setor. “Nosso interesse sempre foi e sempre será o de inserir cada vez mais pessoas no mercado de trabalho”, analisa. “Continuaremos aplicando a maioria dos nossos investimentos em ações e projetos sociais voltados para as necessidades de diferentes públicos.”?As expectativas da entidade estão ligadas ao objetivo de qualquer organização social: contribuir com o enfrentamento de problemas e situações sociais para obter resultados mais justos no futuro. “Por isso, escolhemos de forma rigorosa os nossos parceiros e, hoje, com a prática do investimento social privado mais amadurecida, podemos comemorar as nossas conquistas e alçar novos voos”, conclui Sybelle.

Balanço 2011: atuação mais ampla

O ISSO apoia projetos sociais nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Pará, com os programas Solidariedade, Inclusão Digital, Formação Técnica em Mecânica e Formação de Operadores.

Em 2011, a entidade lançou – além do Qualificar para Emancipar – dois novos projetos de capacitação para o mercado de trabalho, o Curso Técnico em Manutenção de Máquinas Pesadas e o Programa de Aprendizagem Industrial em Manutenção de Equipa- mentos de Terraplenagem. Com isso, o número de beneficiados passou de 648 pessoas, em 2010, para 930. “Os três novos projetos foram uma das razões do crescimento desse percentual”, explica Raquel Marques, primeira-secretária executiva do ISSO.

Reconhecimento do MEC

Para o Curso de Manutenção de Máquinas Pesadas, lançado em agosto, o ISSO celebrou um termo de cooperação técnico-educacional com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Goiás (Senai) visando à implantação e ao desenvolvimento do projeto nas instalações da Escola Senai Vila Canaã, no mesmo Estado. A iniciativa foi bem recebida pela comunidade local, tanto que cerca de 40 alunos foram inscritos para a primeira turma. “Os cursos apresentam visibilidade e reconhecimento do MEC”, avalia Rosa Cristina.

Teoria e prática

Primeiro do gênero a ser desenvolvido pelo ISSO, o Curso de Aprendizagem Industrial é um projeto com qualidade diferenciada para a população de Altamira/PA: é também o primeiro programa de aprendizagem que chega à região. O ISSO firmou um convênio com o Senai do Pará e, em setembro, realizou na Unidade de Altamira a aula inaugural da primeira turma do Curso de Aprendizagem Industrial de Manutenção de equipamentos de Terraplenagem, com 20 alunos. Para participar do projeto, os candidatos precisam ser residentes do município ou de cidades vizinhas, ter entre 17 e 23 anos e, no ato da inscrição, apresentar o certificado de conclusão do ensino fundamental.

Composto por três módulos, o curso oferece carga horária de 800 horas, a ser ministrada em 12 meses, de segunda a sexta-feira, com duração de quatro horas diárias. Como ponto forte, além da parte teórica, a iniciativa prevê um estágio para o aluno, por seis meses, em uma das empresas que compõem o Consórcio de Belo Monte. “Essa é uma experiência profissional que aumenta muito a chance de os alunos saírem do curso para assumir quase que imediatamente uma ocupação profissional”, ressalta Raquel Marques.

Fonte: Revista ELO